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Mostrando postagens de setembro, 2022

VASSOURAS (Parte 3): A SINHAZINHA REVOLUCIONÁRIA QUE DEIXOU IR O AMOR, MAS NÃO DE SER QUEM ERA

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Por Érika Fernandes Pinto (Série Sítios Naturais Sagrados de onde eu vim) A apenas 300 metros da Praça Barão de Campo Belo está outro importante atrativo de Vassouras - o Museu Casa da Hera.  Uma residência colonial construída por volta de 1830 a 1835, que foi propriedade de uma família poderosa e influente na região.    A casa está situada no alto de uma colina, no centro de uma chácara de 33 mil m 2 . Está assentada sobre um baldrame de pedra, mas suas paredes não são de alvenaria, e sim de adobe e pau a pique.  Originalmente caiadas de branco, as paredes encontram-se cobertas de hera, a planta trepadeira Hedera  helix .  O  que lhe dá um aspecto peculiar que levou o lugar a se tornar conhecido como Chácara ou Casa da Hera.     A propriedade foi adquirida em 1840 por Joaquim José Teixeira Leite.  Seu casamento com Ana Esméria Corrêa e Castro uniu duas das mais poderosas famílias de fazendeiros da região.  O patriarca descendia do Barão de Itambé. Foi responsável por dar o crivo na pr

VASSOURAS (Parte 2): AS FIGUEIRAS SAGRADAS E A TRISTE SINA DOS BARÕES DO CAFÉ

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Por Érika Fernandes Pinto (Série Sítios Naturais Sagrados de onde eu vim) No Vale do Rio Paraíba, a 116 km da capital do Rio de Janeiro, está a cidade que ficou conhecida na história oficial do Brasil como “a princesinha do café”.  Uma vila que, nascida do extermínio de índios, toda de contrabando de ouro e, depois, acampamento de tropeiros, se tornou uma "cidade de Barões". Conta-se que o povoado surgiu a partir do Caminho Novo - rota de escoamento de ouro de MG para o RJ, utilizada pelos tropeiros.  Recebeu primeiro o "singelo" nome de  Sesmaria do Sertão da Serra de Santana, Mato Dentro por detrás do Morro Azul .  Depois foi rebatizada como  Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito , sendo “vassouras" uma referência a um arbusto abundante na região, também conhecido como guaxuma.  Vassouras foi uma das maiores produtoras de café no século XIX. Registra-se que a região chegou a produzir 75% dos grãos consumido no mundo.    Por volta de 1850, no apogeu econômico, Va